domingo, 26 de dezembro de 2010

NOVENA DE NATAL


O Natal nada mas virou que uma data comercial, as pessoas estão preocupadas em presentear e ser presenteadas. As pessoas estão preocupadas em festejar: beber, comer e dançar. O verdadeiro sentido do Natal para grande maioria esta sendo esquecido. Pessoas morrem de fome, sem teto ou sem família, e simplesmente viramos as costas e nem olhamos para trás.
Onde está o aniversariante? Onde está Jesus nesse dia? Esqueceram o aniversariante!!! Como sempre fazem. Logo Ele que foi mandado por Deus para nos redimir dos nossos pecados. Morreu e venceu a morte da cruz e mesmo diante de tantos feitos ainda não é lembrado pela maioria.
Mas diante dessa realidade gritante, ainda podemos encontrar a salvação, pois pequenos grupos se reúnem para rezar a chamada novena de Natal, onde se reúnem por 9 dias para refletirem principalmente sobre nossa realidade, não ficando só na reflexão, mas partindo para gestos concretos.
Nesses encontros eram contadas estórias e feitas leituras bíblicas nessa novena principalmente o Profeta Isaias e no último encontro o olhar foi para Lucas.

                                        reunião novena Chico e Paulo
                                     encontro novena casa dna Ana
                                                     







Era um grupo que começou com 4 pessoas, chegando a sua reta “final” com uns 15 integrantes. Parece insignificante esse número, mas para nossa realidade é um número importante e que com a força de vontade pode ser aumentando, não só para novenas de Natal, mas para encontros periódicos onde o assunto a ser tratado é o Deus de nossa vida e como Ele nos usa como ferramenta para transmitir sua mensagem libertadora.
E por fim o que mais chamou a atenção foi o fato de ser um grupo diversificado culturalmente, bolivianos e brasileiros se unindo para celebrar o Natal do Menino Jesus, refletindo e confraternizando.

domingo, 19 de dezembro de 2010

O MUNDO DE SOFIA


Ao começar a leitura do mundo de Sofia foi possível observar um pensamento não definido no tempo e espaço sem começo determinado e que imperava no início dos tempos até antes do aparecimento dos filósofos Pré-Socráticos: o mitológico.
Este pensamento foi a forma primordial das populações, cada qual a seu modo, entender os processos naturais a sua volta. Estava este relacionado ao panteísmo, sendo suas divindades as mantenedoras de um precário equilíbrio entre as forças do bem e do mal. Para que os povos se comunicassem com estas foram criados rituais religiosos, onde ofereciam sacrifícios ou oferendas para aplacar a fúria de determinado deus ou pedisse sua ajuda para determinada tarefa.
Tal pensamento foi o precursor de vários modismo que persistem ainda hoje em nosso inconsciente, bem como a superstição, muito em voga na antiga Grécia, antes do aparecimento dos filósofos.
Tais filósofos procuravam entender os processos naturais que os cercavam, de uma forma genérica e abrangente. Tanto a base primordial de tudo que existe quanto o mundo dos sentidos formam levados em consideração, as vezes em conjunto ou defendidos separadamente por filósofos diferentes, que se opunham em relação ao que é eterno e imutável e o que é efêmero e sempre mutável, como a vida e a ação do tempo na natureza.
Após o desenvolvimento das teorias sobre a natureza do mundo, começaram a aparecer filósofos que se concentraram em descobrir a natureza do homem, sua relação com o mundo e a melhor forma de bem viver com este e consigo próprio, dando origem ao pensamento ético e moral baseado na razão, primórdio para uma feliz e reta vida. Com o aparecimento do primeiro grande filósofo grego, mundialmente reconhecido, Sócrates, há um divisor de águas entre os filósofos até então. Sócrates preocupou-se em descobrir e depois ensinar as pessoas que o verdadeiro conhecimento vem de dentro e só este pode lhe fornecer o discernimento necessário para a vida, sendo este só possível através do emprego da maior faculdade do Homem: sua razão. A razão era a medida de todas as coisas e não a sociedade, comi diziam certos contemporâneos de sua época, conhecidos como sofistas.
Platão foi o responsável pelo registro do pensamento socrático, realizado através de seus diálogos, preservando a retórica na escrita. Suas principais preocupações giravam em torno daquilo que seria eterno e imutável, a origem de todas as coisas que vemos e como podemos defini-las quando as observamos.
Da academia de Platão surgiu o terceiro e último grande filósofo da antiguidade: Aristóteles. De pensamento analítico e formação científica, este macedônio desenvolveu uma teoria contrária a de seu predecessor e mestre. Segundo ele, tudo possuía forma e substância, sendo a primeira relacionada ao espécime masculino e a segunda ao feminino, originando-se deste pensamento sua reprovação em relação a capacidade real da mulher na sociedade e em relação ao mundo das idéias de seu mestre. Segundo ele, tudo possuía forma e substância, sendo a primeira relacionada ao espécime masculino e a segunda ao feminino, originado-se deste pensamento sua reprovação em relação a capacidade real da mulher na sociedade e em relação ao mundo das idéias de seu mestre.
Aristóteles também desenvolveu algo de peculiar em seu raciocínio filosófico em relação a causa primeira das coisas: segundo ele, tudo que acontecia na natureza tinha uma da finalidade, um propósito de ser e acontecer, para que houvesse a manutenção da vida e o equilíbrio no mundo.
Filosoficamente, várias ramificações do pensamento socrático e platônico ocuparam seu devido espaço na procura de uma concepção humana de vida.
Dentre essas correntes destaca-se o Neoplatonismo, desenvolvido nesta época e aclamado por Plotino. Outra corrente importante na época foi o misticismo.
Outro importante filósofo foi Tomás de Aquino, responsável pela conciliação das teorias de Aristóteles com os ensinamentos e cultura bíblicas. Ele consegui criar um elo entre a razão e a fé, postulando a existência de dois tipos de verdade: a verdade teológica, reconhecida e compreendida somente através da fé, e a verdade teológica natural, referente à razão humana e aos desígnios da natureza, sendo estes conhecimentos também referentes a moral humana e não só a revelação dos desígnios de Deus.
Surge então o Renascimento, que foi a realização de uma retomada do humanismo grego, sendo, entretanto uma de suas principais características o individualismo. Isso ocorreu devido à mudança da concepção da natureza da vida humana e apropria visão deste do mudo e de si mesmo. Vem o racionalismo e começa a imperar e se formar um método empírico de observação do mundo natural e vários  cientistas destacaram como Galileu e Copérnico.
A partir desta nova visão de mundo pouco tempo depois surgiram teorias e formas de se viver opostas irreconciliáveis. O século XVII é conhecido como período Barroco, pois as formas não são mais suaves e sim opulentas e agressivas, cheias de contrastes, o que exteriorizava as tensões do consciente mundial da época. O materialismo de Thomas Hobbes, idêntico a filosofia de Demócrito, contrapunha-se ao idealismo, que visava o desenvolvimento anímico e espiritual do ser. O materialismo contribuiu para o desenvolvimento do que é conhecida como visão mecanicista do mundo. Muitos foram os colaboradores deste sistema de pensamento, evidenciado pelas descobertas cientificas de Newton, entre outros.
Em virtude destes acontecimentos nasce René Descartes, responsável pela reunião do pensamento contemporâneo num único e coerente sistema filosófico. Todos buscavam um método concatenado de experimentação cientifica e filosófica. Havia uma ordenação das idéias não existente na filosofia grega, não era somente genérico e sim pragmático e racionalista. Dentre as várias teorias desenvolvidas deve-se destacar além de Descartes, Spinoza, segundo o qual “... Deus não é um manipulador de fantoches...”. Spinoza compreendia que a dualidade das coisas, que segundo ele tudo ou era pensamento ou extensão, provinham de uma única fonte, diferentemente da corrente dualista que se mostrava na época.
Passado a grande revolução da Renascença e o conturbado Barroco, deu-se a necessidade de se organizar todo este conhecimento, surgindo deste ideal a Enciclopédia, onde os maiores pensadores de seu tempo depunham sua experiência e seus preceitos sociais, morais e científicos.
Muitas características marcaram esse novo movimento mundial. A revolta contra as autoridades, devido ao despotismo dos soberanos e a busca da liberdade de livre pensar e fazer, inerente ao pensamento burguês – era o rompimento com o conhecimento herdado. O alto racionalismo provinha de uma fé inabalável na razão humana, como as dos filósofos gregos. Os auto-intitulados iluministas procuravam criar uma base sólida para a moral, a ética e a religião humana, para que estas estivessem em sintonia com a razão imutável do próprio ser.
O otimismo cultural era reinante nesta época, pois todos acreditavam que seria uma questão de tempo para que a irracionalidade não mais desempenha uma força tão vital em relação ao homem, ao mesmo tempo que buscavam uma religião natural – esta religião estaria em contato com a estrutura natural do ser. Com o aparecimento de tais características e intenções, pouco depois esta nata social começou a elaborar os direitos humanos. Vários pensadores podem aqui serem destacados, muitos inclusive conhecidos do grande público como Voltaire, Montesquieu, Rousseau. Etc.
A última grande época de desenvolvimento humano, que veio logo após o Iluminismo, foi o Romantismo, já que depois apareceram novas teorias e concepções de mundo em campos distintos do conhecimento: Marx na economia, Darwin na biologia, Freud na psicologia. Surgiam novas palavras de ordem como sentimento e imaginação, e um anseio pelo que está longe e inatingível. Buscava-se então não mais a razão como veículo do saber e da verdadeira experiência mas sim a arte, sendo muitos artistas considerados como deuses. Esse sentimento aflorado trouxe a noção de unidade aquilo que os iluministas como Kant e Descartes, viam só de forma mecânica.
Dentre os filósofos românticos o de maior destaque foi Hegel. Contribuiu para a concepção de que existem verdades maiores que a razão humana e a filosofia, portanto, não poderia ser desvinculada da época a qual se desenvolveu, tendo então todo pensamento um contexto histórico. Desenvolveu a teoria de tese, antítese e síntese, provando sua teoria do dinamismo da razão humana.
Em contraposição ao conhecimento Hegeliano surgiu na Europa um indivíduo que contrapunha suas teorias com a idealização da sociedade sendo movida através do desenvolvimento econômico da mesma, onde o nível dos bens materiais que influenciariam o ser, acarretando, posteriormente, seu nível de desenvolvimento espiritual. Há uma inversão da balança proposta por Karl Marx.
As condições econômicas, sociais e materiais de uma sociedade seriam a base da mesma, o que Marx chamou de superestrutura. Dentro desta as condições naturais, as forças e as relações de produção eram as responsáveis pelo desempenho evolutivo de determinada sociedade.
No mesmo tempo em que se desenvolvia o pensamento de Marx, crescia na Europa uma corrente cientifica conhecida como Naturalismo, tendo como seu principal representante a figura de Charles Darwin. Darwin propôs a teoria da Evolução das Espécies. Essa evolução dar-se-ia através da seleção natural: entende-se por isso um processo biológico no qual as criaturas mais capacitadas para a vida tendem a ocupar o espaço daquelas que vão se tornado inaptas com o passar das eras. Esta concepção põe em choque a filosofia platônica, segundo a qual existiriam formas imutáveis na natureza, e o próprio conceito bíblico da criação do homem e da vida no planeta.
Cerca de meio século depois surge na Alemanha outro grande pesquisador, Freud, embora seu campo fosse bem outro; a própria estrutura do pensamento humano. Sua teoria psicanalítica veio lançar novas bases ao raciocínio humano e conhecimento deste sobre si mesmo. A psicanálise busca fundamentar as atitudes, anseios e repressões do ser e seu próprio passado, sendo então o homem o depositário de suas próprias respostas na busca da felicidade e do fim do sentimento de culpa.
Freud deu a psique humana três estruturas básicas o ID, ou desejo egoísta e instintivo, o SUPEREGO, ou o grande castrador da sociedade, e o EGO, que faz a ligação entre estes dois aspectos da personalidade humana. Da boa interação destes três teremos as respostas às perguntas que nos assolam individualmente. Também três são as fases de desenvolvimento do ser humano: anal, fálica e oral, estando estas ligadas a forma de aprendizado e relação com o mundo exterior.
Por fim, pode ser destacado como última grande teoria mundial a do Big Bang. Através desta os astrônomos explicam que a atual expansão do universo deveu-se a uma grande explosão ocorrida em seu centro. Desta suposição concluía que: ou o universo continuaria a se expandir indefinidamente ou entraria em um processo de contração, tudo dependendo da quantidade de matéria existente no mesmo, não se tendo noção desta ainda.
Esta teoria estava até a pouco em conflito com duas outras, que também pretendiam explicar a formação de nosso universo. A teoria do Universo Estacionário defendia a hipótese do mesmo sempre ter sido e que sempre seria a forma de hoje, e o Big Bang Expansivo: o universo está em eterno movimento de expansão. Prova-se a falha de ambos através da freqüência conhecida como radiação cósmica de fundo. Essa energia é empregada para medir o distanciamento das galáxias, entre outras coisas, devido a sua linearidade. Percebeu-se que, depois de um grande movimento de expansão, o universo começa a se retrair.
Mas, se correlacionado tais dados com a eterna pergunta “de onde nós viemos?”, pode fazer um paralelo com as teorias mais antigas, do dia e noite de Bhrama do Hinduísmo, ou o faça-se a luz da Bíblia, ou a explosão do centro do universo, no Big Bang? As idéias humanas giram ciclicamente em torno das mesmas perguntas, mas as respostas, com o passar das eras, são cada vez mais sutis, análogas e abrangentes.

A religião segundo Durkheim

Crença e ação estão entrelaçadas. A moralidade não é exclusividade da religião. A sociedade na teoria durkheimiana. É vista como ponto fundamental. E essa moralidade de que ele fala está ligada a questão de que o indivíduo sozinho não necessita de uma moralidade, no entanto há uma moral coletiva onde o indivíduo deva se submeter não importando sua individualidade.
A sociedade sente a necessidade de entidades regulamentadoras que funcionam como geradoras da moral.
A ciência não tem como cumprir esse papel com regularidade, ao contrário da religião que pode ofertar tal moral no cotidiano. Com relação a ciência , a religião perde atribuição de origem, mas permanece como postulante e depositaria de afetos, que segundo Durkheim são importantes instrumentos de impedimento de vários conflitos sociais.
Sua preocupação no que diz respeito a religião, está na importância da regularidade da sociedade. Se a religião possibilita uma reflexão do homem para além de si mesmo, seu principal valor está em conferir regularidade a sociedade, sem a qual a existência social está determinada a um fim. Existir, para Durkheim, é existir socialmente e, portanto, sob uma ordenação determinada. Os indivíduos buscam afetivamente na religião a sensação de sair de si, através do coletivo, através do contato com algo que é mais importante do que a si próprio. Essa experiência reaviva a vida em conjunto numa esfera de igualdade onde acreditam que a vida social é possível.
Durkheim acredita que a religião e sua função são um dos mecanismos capazes de garantirem o afastamento do cós e da desagregação social. Se a ciência é sacralizada por seu potencial de qualificação da sociedade isso não significa a negação da religião como instancia de regulação.
Segundo Durkhein as concepções religiosas têm por objetivo, antes de mais, explicar e exprimir não o que as coisas tem de extraordinário, mas ordinário.
A religião corresponde a estruturas profundas. Apesar de contrárias em vários postos, o que existe de comum é a valorização das regras, segundo o qual a religião é construída tendo um caráter sistêmico. A religião tem autonomia no que se refere a sociedade. A religião é um sistema, pois a realidade que não são em absoluto históricas, pois estão presentes no sistema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DURKHEIM, ÉMLE e MAUSS, Marcel. Algumas Formas Primitivas de Classificação. In: Rodrigues, J.A. Durkheim/Sociologia. São Paulo: ática,1978.
DURKHEIM, Emile. As Formas Elementares da Vida Religiosa: o sistemas totênico. São Paulo, Paulinas, 1989.
E-REFERÊNCIAS
<> (visitado em 01/05/2009)

monografia de conclusão do curso de Licenciatura em Filosofia do aluno Jaderson

JÁDERSON FERREIRA DA SILVA








INFLUÊNCIA DIRETA DO ESTOICISMO NO CRISTIANISMO




















BATATAIS
2010

JÁDERSON FERREIRA DA SILVA








INFLUÊNCIA DIRETA DO ESTOICISMO NO CRISTIANISMO







Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Centro Universitário Claretiano para obtenção do título de graduado em Filosofia.
Orientador: Prof. José Carlos Freire.








BATATAIS
2010
JÁDERSON FERREIRA DA SILVA





Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Claretiano para obtenção do título de graduado em Filosofia. Orientador: Prof. José Carlos Freire.





INFLUÊNCIA DIRETA DO ESTOICISMO NO CRISTIANISMO





Orientador: Prof. José Carlos Freire.
Examinador(a):_____________________________________________

Examinador(a):_____________________________________________



Batatais, 30 de agosto de 2010.






















Dedico este trabalho a minha família, Ao “Deus Desconhecido” Todo Poderoso pela ajuda divina. Dona Raimunda e José meus pais, meus irmãos e irmãs Jefferson, Jon, Rose, Rosangela e Regiane; meus grandes incentivadores, Jefferson Rian meu irmão que sempre me ajudou em todas as fases da minha vida, o Prof. Pedro e os meus amigos de curso de Porto Velho da Turma de filosofia, Luciano, Adalberto e Augusto.

























Agradeço à minha família, ao Deus Todo Poderoso pela ajuda divina. À Igreja de Roma (Arquidiocese de Porto Velho) por ter dado esta oportunidade para esta linda formação filosófica no coração da floresta. Ao Dr. Fábio nosso Coordenador, nosso amado professor: Pe. Antônio Fontinele. Meu padrinho; Pe. Irineu, Prof. Pedro que ventilou a idéia de defender este tema. Nosso Bispo Dom Moacir e a todos os funcionários da instituição em especial o amigo do seminário Renato por ter aguentado todas minhas chatices e reclamações. Em especial; Im-memoriam aos meus grandes amigos eternos, Aton Luiz Varela Barca, Jussan. Ao meu eterno amor; Jucilene que morreu vítima de erros médicos e o maior filósofo de todos os tempos meu avó “Parola” José de Sena.

RESUMO

A presente monografia, a partir duma análise sob o prisma da relação filosofia- cristianismo procurará entender de que maneira a filosofia estóica, ou seja, estoicismo teve sua influência direta no cristianismo através do apóstolo Paulo que a partir de Romanos capítulo 1, é trabalhado o conceito (physis) no estoicismo do primeiro período, fundamentava e constituía a relação corpo-religiosa-visão do mundo. O Estoicismo foi à grande escola que deu para o cristianismo o caráter moral e ético que o cristianismo precisava para penetrar dentro do império romano, nesse sentido as doutrinas estóicas baseada na ataraxia, por exemplo, que o homem não deve ser afetado por nada externo, ou seja, a impertubabilidade, além do não apego aos prazeres carnais seguindo uma vida virtuosa, ética e moral são pontos de semelhança entre o estoicismo e o cristianismo. Outro ponto de semelhança é o Deus estóico e o Deus cristão, sobre a eucaristia o Cristo se faz presente na eucaristia, esta presença física de Deus os estóicos acreditam que Deus também é físico e se faz presente fisicamente. Dentro dos conceitos metafísicos os estóicos eram materialistas, pois para estes filósofos há dois princípios da realidade o passivo é a matéria desprovida de qualidade. Os estóicos identificaram o principio ativo da realidade com o Logos, a Razão ou Deus no cristianismo o Logos é Cristo e o Verbo e Cristo atemporal não tem existência distinta de ordem natural está além da razão, além da própria existência. O estoicismo e o cristianismo nas últimas décadas foram sendo considerados competentes e familiarizados com a filosofia antiga com as principais linhas das idéias dos pré-socráticos, Platão e Aristóteles. Conhecimento das filosofias helenísticas do estoicismo, epicurismo, ceticismo e, juntamente com a tradição romana que se seguiu não foi considerada essencial. Essas tradições foram pensadas para incorporar a filosofia antiga em seu declínio. Isto certamente não reflete a influência global do estoicismo na tradição Ocidental em primeiro lugar, uma escola estóica reconhecível persistiu por cerca de quinhentos anos de antiguidade. Embora diferente do cristianismo de maneira fundamental (que era materialista e panteísta), contudo o cristianismo se definiu em um ambiente intelectual permeada por idéias estóica do Logos. Além disso, para grande parte da história ocidental moderna, as idéias de virtude moral estóica foram inigualáveis em termos de influência. Idéias estóicas sobre a ordem natural das coisas e de cada alma racional como um elemento divino, desde que uma base sobre a qual as idéias posteriores do direito natural foram construídas com base estóica. A moral estóica em Epicteto influenciou o cristianismo nascente que devemos aceitar a ordem natural, pois é a vontade de Deus, tanto a dor como a alegria isto tudo esta determinado por Deus, ou seja, o destino. Por este motivo o estoicismo teve sua contribuição e influência direta no cristianismo nascente através do apóstolo Paulo.

Palavras-chave: Filosofia, Estoicismo, Teologia, Cristianismo, Cosmovisão.





























SUMÁRIO



INTRODUÇÃO...................................................................................... 8

1. A ORIGEM DO ESTOICISMO....................................................... 11
1.1 A DOUTRINA ESTÓICA................................................................. 11
1.1.1 Os pensadores e autores do Estoicismo................................................... 13
1.1.2 Aspectos centrais do Estoicismo............................................................ 15
1.1.3 A crise do homem e a Polis.................................................................. 16

2. A ORIGEM E CARACTERÍSTICAS DO CRISTIANISMO....... 21
2.1 A INFLUÊNCIA DIRETA DO ESTOICISMO NO CRISTIANISMO.. 23

3. OS PONTOS DE SEMELHENÇA ENTRE CRISTIANISMO E ESTOICISMO.......................................................................................
26
3.1. A Stoa Paulina............................................................................................................ 27
3.2. Relação filosofia-cristianismo................................................................................ 31

CONCLUSÃO........................................................................................ 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................ 37


INTRODUÇÃO
A base para formação de toda a cultura Ocidental foi o mundo helênico e as doutrinas filosóficas da Grécia antiga. No mundo grego o estoicismo foi uma das doutrinas mais importantes na tradição filosófica e grande parte das pessoas educadas no mundo grego- romano aderiram a esta doutrina.
Alguns teóricos escrevem que o estoicismo teve uma forte influência no desenvolvimento do cristianismo primitivo. Os grandes pensadores do estoicismo foram os romanos, Epicteto, Sêneca e Marco Aurélio que foram traduzidos, lidos e absorvidos pela cultura Ocidental além de outros pensadores. Que estão presentes nesta monografia divida em três capítulos e conclusão. O primeiro capítulo esta dividido em quatro partes. O segundo capítulo em uma parte, o terceiro capítulo em duas partes e por fim a conclusão.
O primeiro capítulo é teórico e visa ser uma espécie de fundamentação das outros dois capítulos que se seguem nela procuramos analisar a origem do estoicismo. Na primeira parte do capítulo primeiro a doutrina estóica, segunda parte do capítulo primeiro, os principais pensadores e autores do estoicismo. Na terceira parte do primeiro capítulo os aspectos centrais do estoicismo e na quarta parte do primeiro capítulo a crise do homem na polis. A vida virtuosa e a moral foram à marca registrada dos antigos estóicos que representavam a coragem, serenidade diante das circunstâncias adversas. Alexandre, o grande foi aluno de Aristóteles e teve a capacidade de unificar as culturas em uma só, o helenismo que era o pensamento grego de Platão e Aristóteles.
As Cidades - Estado deram lugar ao império do mundo helênico com a visão cosmopolita, não havia uma distinção entre bárbaro e grego, a reflexão era tirada do estoicismo e também de outras escolas filosóficas.
A reflexão é a marca de todas as escolas filosóficas do período helenístico. Toda reflexão partia do bem estar do ser humano dentro dos sistemas especulativos do complexo cultural deste período helênico. Sobre ética o estoicismo tem em seu bojo doutrinário grandes obras sobre este tema que será debatido no coração do Império e muitas de suas doutrinas foram usadas para explicar e debater sobre metafísica e cosmologia.
O fundador do estoicismo no ano 300 a.C Zenão de Cítio (336-263 a.C) que discutiu suas idéias filosóficas na ágora onde eram ministradas suas aulas, o Stoá Polkilé que era um pórtico que era pintado por muitas cores e seus seguidores foram chamados de filósofos estóicos ou da varanda.
Zenão foi influenciado por Sócrates que interpretou o modelo socrático a partir do ponto de vista dos cínicos, em Sócrates Zenão analisou sua força de caráter e independência diante dos problemas externos que todo ser humano sofre.
Baseado nesta observação Zenão vai escrever sobre a virtude que não reside na fortuna, riqueza, honra, mas a auto-suficiência é uma espécie de ordenação racional da intenção.
A sabedoria para os estóicos era a maior virtude que homem poderia adquirir, os estóicos acreditavam em uma divindade que determina o nosso fim como no cristianismo do primeiro século que tinha a mesma visão que Deus determina nosso fim, nos dias atuais a teologia tem outra visão (livre arbítrio) o homem escolhe seu fim segundo o magistério da igreja.
No segundo capítulo procuramos apresentar a origem e característica do cristianismo e na primeira parte do segundo capítulo à influência direta do estoicismo no cristianismo. Sobre o ponto de vista do conceito sobre o logos estóico ou mente divina, quando o ser humano entende esse caminho encontra a felicidade, com a mente divina no cristianismo o caminho é Cristo, Logos é Cristo e o homem nesse caminho encontra a felicidade, mais um ponto de semelhança entre cristianismo e estoicismo.
No terceiro capítulo se encontra os pontos de semelhança entre cristianismo e estoicismo o Deus dos cristãos é um só Deus e toda a criação deriva dele e todas as almas do mundo. Estilo de vida ascético, não se apegar aos prazeres tudo isto era os modos de vida de um estóico igual ao modo de vida de alguns cristãos fundamentalistas neste século e os primeiros cristãos primitivos do primeiro século da fé em Jesus.
Para os estóicos nesta terra você pode esperar o pior, assim era a mentalidade dos primeiros cristãos que eram perseguidos e mortos, sobre a morte, tudo era para melhor, para os estóicos era a vontade de Deus e assim era para o cristão, pois o Divino tudo governa. Com relação em enfrentar o destino com honra diante da morte, Osborne (1992, p.19), define:

Zenão dirigia sua própria escola em Atenas, onde os estóicos levavam a vida simples que filosoficamente preconizam. Seus ensinamentos partiram da lógica, passaram à física e depois à ética. O impacto mais forte do estoicismo ao longo dos séculos foi o campo ético. Ser estóico era enfrentar o destino com coragem e dignidade. Para um estóico, o bem supremo era uma vida virtuosa (1992, p.19).


Até os dias atuais essa teoria estóica predomina, enfrentar seu destino com honra diante da morte. Em qualquer religião é uma das maiores honras.
E a morte não era triste mais feliz, pois se o estóico morresse dentro de suas práticas virtuosas ele morre feliz, para o cristão é o mesmo caminho, foi para céu e morreu feliz segundo o mito cristão. Para um estóico a morte é melhor do que a vida: “Os escritos de Marco Aurélio em grego geralmente chamamos de meditações, transmitem-nos o retrato vivo de um insone fastidioso e aflito, sempre ensaiando a morte” (OSBORNE, p.32).
Na primeira parte do terceiro capítulo é explicada a relação e a criação da stoa paulina que é uma mesclagem da filosofia com o cristianismo que o apóstolo Paulo teve a capacidade de fundir em uma cultura cristã para levar aos gregos a mensagem de Jesus. Esta parte mais desenvolvida de nosso estudo, na qual, fundamentamos nas duas partes anteriores.
E por fim a relação entre filosofia e cristianismo na segunda parte do terceiro capítulo onde é feito a síntese dessa relação que dura até hoje. Os primeiros séculos da fé os cristãos eram assassinados e na morte davam glória a Deus, mesmo diante da morte e sofrimento recebiam com alegria seu destino ao lado do seu Deus, até a morte era uma virtude igual a dos antigos estóicos. A provação, por exemplo, uma vida de dores para estóico era a vontade de Deus e por isso ele deveria viver uma vida virtuosa. Isto acontece no cristianismo através da provação o cristão e testado a manter a sua fé e modo de vida virtuosa. Na carta do apóstolo Paulo aos (Romanos 5.3,5), é ensinado o valor da tribulação para o cristão:

Nós nos gloriamos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança, a perseverança produz a fidelidade comprovada, e a fidelidade comprovada produz a esperança. E a esperança não engana, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (BÍBLIA SAGRADA).

Para os estóicos o prazer não era bom e a dor não é ruim, a virtude é o único fim e bem e o vício, o único mal, servir e o dever de cada ser humano. A vida insignificante apática sem ser notado, isto era um ideal estóico, eram contrários ao suicídio apesar de um grande estóico ter se suicidado no caso de Sêneca que era mais cínico que estóico.
A paz interior, ataraxia por este motivo a nova religião nascente o cristianismo aderiu a muitos princípios estóicos, o verdadeiro sábio era estóico, pois era dado esse nome a quem de fato vivia as virtudes estóicas na vida prática.
O sinal máximo de sabedoria e felicidade era a impertubabilidade segundo JAPIASSU & MARCONDES: nada pode afetar o estóico, nenhum fator externo o verdadeiro despojamento, apatia diante do mundo (2006, p.95).
CAPÍTULO I
A ORIGEM DO ESTOICISMO
Segundo o dicionário básico de filosofia a palavra estoicismo tem sua origem na stoa, “deriva seu nome de Stoa Poikilé, um pórtico em Atenas, onde lecionava o seu fundador, o filósofo Zenão de Cício, sendo também, por vezes, conhecido como filosofia do Pórtico” (JAPIASSÚ & MARCONDES, 2006 p.95).
A definição da palavra stoa é a seguinte:

A palavra stoá (gr. στοά) se refere a uma longa colunata aberta, às vezes com uma parede em um dos lados e/ou um telhado, situada geralmente em santuários ou mercados para abrigar do sol, da chuva e do vento. Além de lugar informal para encontros, servia também para ponto comercial e reuniões de diversos tipos. Em Atenas eram especialmente famosos a "stoá do rei" (gr. στοά βασιλέως) e a "stoá pintada" (gr. στοά ποικίλη). Na primeira, assentava-se o arconte-rei; na segunda, famosa por causa das pinturas de Polignoto que representavam a destruição de Tróia, a luta dos atenienses contra as amazonas e a batalha de Maratona, se reuniam o filósofo estóico Zênon e seus discípulos (RIBEIRO JR, 2000).


Historicamente o estoicismo pode ser dividido em três períodos:
1) O estoicismo antigo, fundado por Zenão de Cício (335-264 a.C) e difundido principalmente por Cleantes (331-232 a.C) e Crisipo (280-205 a.C).
2) O estoicismo médio, Panécio (180-110 a.C) e Posidônio (135-51 a.C) que eram mais ecléticos.
3) O estoicismo Romano, imperial ou novo que tem como seu principal autor Sêneca (4 a.C-65 d.C), Epicteto (50-125 ou 130 d.C) e Marco Aurélio (121-180 d.C).

1.1 A DOUTRINA ESTÓICA

O estoicismo desenvolve-se como sistema baseado na lógica, com princípios comuns, física, ética, articulados entre si, a ética estóica que teve sua maior influência no desenvolvimento da tradição filosófica chegando a influenciar a tradição cristã nascente.
Para os estóicos existem os princípios que regem o cosmos, que são éticos e morais de harmonia com o todo harmônico, baseado nestes princípios o homem como parte do cosmos deve orientar sua vida prática seguindo essa linha reta em busca da virtude.
Segundo o dicionário básico de filosofia, na concepção estóica, “os princípios éticos da harmonia e do equilíbrio baseiam-se, em última análise, nos princípios que ordenam o próprio cosmo. Assim o homem, como parte desse cosmo, deve orientar sua vida prática por esses princípios” (JAPIASSÚ & MARCONDES, 2006, p.95)
A ataraxia era uma das virtudes que o homem estóico deveria atingir que é a impertubabilidade e o estado na qual o homem jamais é afetado por problemas externos e problemas da vida, isto é o sinal máximo da felicidade.
No sentido corrente o termo estóico é uma super valorização da atitude impassível e apática diante dos problemas e males da vida sempre seguindo uma vida reta e justa em virtude.
A física materialista era sustentada pelos estóicos, sendo que a matéria um continuum em oposição ao atomismo epicurista. Para os estóicos, “o mundo é um todo orgânico, animado por um princípio vital, o Logos spermatikós, que constituía a própria alma (peneuma) do mundo. O logos no ser humano é o princípio racional que é uma manifestação depurada deste princípio vital” (JAPIASSÚ & MARCONDES, 2006, p.95).
No século XX os grandes filósofos deste período reconheceram a contribuição do estoicismo á lógica e a teoria da linguagem o silogismo estóico foi suplantado pela lógica aristotélica que é baseada na proposição.
O ideal estóico de acordo com Zenão de Cício era que o homem para ser sábio deveria viver em perfeito acordo e em total harmonia com o cosmos, natureza, dominando suas paixões, suportando o sofrimento, dor e os problemas da vida até alcançar a mais completa indiferença e impassibilidade diante dos acontecimentos deste mundo maldito.
A doutrina estóica esta fragmentada e o que restou foi pouca coisa dos filósofos, mais o estoicismo não veio do nada os filósofos estóicos estabeleceram a base da doutrina estóica através de várias influências, uma delas Heráclito de Éfeso que influenciou no campo da física, Diodoro Crono (300 a.C), a lógica; os cínicos e, consequentemente, Sócrates, a ética. E praticamente impossível determinar com certeza a contribuição.
Segundo as palavras Zênão, a virtude “para os estóicos era o sentido e objetivo da vida, prazer e a dor não tinha importância. Aparentemente, a virtude era o objetivo final da vida. (JAPIASSÚ & MARCONDES, 2006, p.95).
Crisipo sistematizou a doutrina em um sistema coerente que compreendia a lógica, a física e a ética e parece ter se interessado, predominantemente pela lógica. Crisipo é “considerado a figura mais importante do chamado estoicismo antigo, pois admite-se que foi ele quem deu estrutura e solidez ao pensamento estóico, sobretudo no campo da lógica” (JAPIASSÚ & MARCONDES, 2006, p.61).
Para os estóicos a alma humana é uma parcela do elemento ativo. Faz parte do todo e o universo é constituído de um aspecto passivo, a matéria, e de um elemento ativo, coesivo e criativo que permeia a alma de tudo o que existe, este “princípio ativo” que cuida de toda a humanidade que lhe era atribuído vários nomes e o mais usado era Zeus, Éter, Fogo criativo, destino, Ordem, ("Razão").
O universo é cíclico, começa com o elemento ativo, depois são criados e organizados os quatro elementos (água, fogo, ar e terra) e por fim uma conflagração que é um incêndio que se alastra. A recorrência de todas as coisas é eterna, a terra é o núcleo do universo, os ciclos são autônomos e se repetem indefidamente, sempre com os mesmos detalhes. Por este motivo o universo sempre esta em vasta expansão, nasce, morre e renasce o cosmo sempre se renova com as super novas.
A lógica estóica baseada na razão era dedutiva que envolvia três aspectos o “som” a “significância” é o objeto designado pelo som significante. A ética sem dúvida é a maior contribuição do estoicismo que era viver de acordo com a natureza, conforme as Leis gerais, pois o “Elemento Ativo” controla todo universo.
Sobre a lógica estóica Blanche & Dubucs fazem um relato:

Lógica na Grécia, duas importantes tradições emergiram. A lógica estóica com suas raízes em Euclides de Megara, um pupilo de Sócrates, e é baseado na lógica proposital que talvez foi a mas próxima da lógica moderna. Entretanto, a tradição que sobreviveu para, mas tarde influenciar outras culturas foi à lógica aristotélica, o primeiro tratado grego sobre a sistematização da lógica (2001, p.400).


Pela inteligência o homem sabe o que é o bem e o mal. A virtude é o bem supremo. São virtudes: justiça, honra, autocontrole diante das paixões humanas, assim aderindo à ordem do universo. Através disto o homem atinge a apatia, ataraxia ou indiferença, diante de tudo isso o homem chega á felicidade.

1.1.1 OS PENSADORES E AUTORES DO ESTOICISMO

Zenão de Cício (335-265 a.C) fundador do estoicismo filósofo grego, originário de Chipre, estudou em Atenas, onde por volta do ano 300 a.C fundou a escola estóica, todas as suas obras se perderam e seus ensinamentos foram transmitidos por seus discípulos, o mais importante foi Crisipo.
Cleantes (331-232 a.C) sucedeu o mestre Zenão na escola estóica hoje só restam fragmentos de suas obras.
Crisipo (280-205 a.C) sucedeu Cleantes na direção do pórtico do estoicismo antigo é o mais importante, deu solidez e estrutura no campo da lógica à doutrina estóica, hoje restam 700 tratados que lhe são atribuídos.
Panécio (180-110 a.C.) Filósofo grego nascido em Rodes foi mestre de Posidônio, ensinava em Atenas e em Roma; foi da segunda fase da escola estóica foi o estoicismo médio.
Posidônio (135-51 a.C) Filósofo grego nascido na Síria foi discípulo de Panécio e pertenceu à segunda fase da escola estóica, estoicismo médio, ensinou em Rodes e Roma, á África do norte, à Espanha e a Gália. Suas obras foram sobre história geral e filosofia, ensaios sobre os deuses, não existe mais nada de suas obras.
Sêneca (4 a.C – 65 d.C) O Romano Sêneca (nascido em Córdoba, Espanha) é conhecido como filósofo estóico e pensador político.
Com relação a sua doutrina, Japiassú & Danilo Marcondes assim a definem:

Em seus livros De clementia, De beneficiis, De otio. Suas obras fazem reflexão sobre liberdade, a justiça, a tirania, vida pública e participação popular. Sua doutrina é coerente com a moral estóica: os homens são iguais (contra a escravidão), os males são devidos às paixões humanas (ambição, crueldade, sede de glória etc.) e o papel do soberano é o de encarnar a sabedoria realizando a ordem. Escreveu sátiras inspiradas no modelo grego, tem uma vasta correspondência que são mais de 124 epístolas morais a Lucílio (2006, p.249).


A doutrina moral estóica desde autor ensina os soberanos ao governo justo e encarnar a sabedoria e a ordem os males são devido às paixões humanas e o soberano deve superar estas paixões através da ataraxia.
Epicteto (50-125 a.C ou 130) Filósofo grego que foi escravo, depois de liberto ensinou em Roma filosofia. Os antigos filósofos estóicos partiam do estudo da natureza, Epicteto deu ênfase à moral é está moral influenciou diretamente o cristianismo nascente.
Marco Aurélio (121-180 a.C) Imperador e filósofo romano reinou de 161 a 180 foi um reformador do Império na economia e judiciário. Foi um grande guerreiro e conquistador derrotou os Germanos e Sármatas em grandes e longas guerras. É o filósofo mais importante da terceira fase do estoicismo, chamado estoicismo romano, novo ou imperial deixando um legado para todo mundo Ocidental.
Grandes obras estóicas, máximas, uma grande coleção que foram intituladas pensamentos ou meditações escrita em grego. Apesar de todos os conceitos estóicos e humanistas serem difundidos pelo imperador os cristãos deste período foram perseguidos em seus domínios romanos.
De acordo com Osborne (1992) o governo de Marco Aurélio imperador não marca o fim da pax Romana, cercado de hordas de bárbaros, estava em declínio. Suas fronteiras e suas idéias políticas já não se expandiam há um século.


1.1.2 ASPECTOS CENTRAIS DO ESTOICISMO

Zenão dirigia sua própria escola em Atenas, onde os estóicos levavam a vida simples que filosoficamente preconizavam. Seus ensinamentos partiram da lógica, passaram à física e depois à ética. O impacto no campo da ética foi à maior influência do estoicismo. Ser estóico era enfrentar o destino com coragem e dignidade. Para um estóico, o bem supremo era uma vida virtuosa isto é um dos aspectos do estoicismo.
A prudência, justiça, temperança e coragem eram o que conduzia à virtude. Os estóicos viam o mundo como um todo orgânico onde as leis da natureza eram determinantes.
Outro aspecto do estoicismo foi com Epicteto que fez a exposição de todo o problema do livre arbítrio e do determinismo implícito no estoicismo.
Com relação ao estudo da moral em Epicteto, vale dizer:

Epicteto deu maior ênfase à moral, defendendo a liberdade humana enquanto liberdade de pensamento, afirmando que “nada nos pode constranger a reconhecer como verdadeiro aquilo que consideramos falso”. A sabedoria e a felicidade estariam portanto, na aceitação da ordem natural das coisas tais como são e como foram criadas por Deus, sendo assim a melhor ordem possível. A liberdade restringe-se por isso ao pensamento. A moral estóica de Epicteto influenciou fortemente o cristianismo em seu surgimento (JAPIASSÚ & MARCONDES, 2006, p.87).


No período helênico os estóicos desenvolveram um corpo sistemático da doutrina, completa com um sistema de lógica, epistemologia e cosmologia. Os grandes estóicos deste período foram Cleantes de Assoc (331 – 233) a.C e Crisipo (281-208 a.C). Em lógica, os estóicos desenvolveram a lógica das proposições. Na lógica Crisipo foi reconhecido como a igualdade de Aristóteles por seus contemporâneos.
A epistemologia estóica era empirista e nominalista em espírito, as noções de forma os estóicos rejeitavam tanto de Platão e Aristóteles. Para os estóicos não há universais abstratos, quer além de particulares como Platão defendia, ou particular substâncias, como Aristóteles defendia. Todo nosso conhecimento e as coisas existentes esta baseado nas impressões que fazem sobre a alma.
Nossa alma é uma coisa material nosso conhecimento dos objetos particulares, portanto, com base na percepção dos sentidos, como é o nosso conhecimento de nossos estados mentais e atividades. O foco principal do estoicismo na lógica e na filosofia especulativa é prático e ético. De valor instrumental é o conhecimento da natureza para estóicos, pois é inteiramente ligado e determinado por seu papel na promoção da vida de virtude, que é viver de acordo com a natureza. Este aspecto prático foi desenvolvido no estoicismo romano, Epicteto (50-138 d.C), que desenvolveu o lado ético e religioso do estoicismo.
Os Estóicos entendiam a sabedoria como a maior das virtudes e da sabedoria surgia à coragem, o autocontrole e a justiça. Não havia meio-termo na filosofia estóico. Os indivíduos eram ou totalmente bons ou totalmente maus, completamente sábios ou perfeitamente tolos. Aqueles que condenam o declínio da civilização podem identificar-se com os estóicos, que afirmaram a mesma teoria a dois mil anos. A principal característica do estoicismo, Pandovani e Castagnola assim definem:

O estoicismo não apresenta o fenômeno de um grande filósofo, seguido por uma série de discípulos mais ou menos originais, mas uma turma bastante uniforme de pensadores medíocres. No dizer dos estóicos, a tarefa essencial da filosofia é a solução do problema da vida; em outras palavras, a filosofia é cultivada exclusivamente em vista da moral, para afirmar a virtude e, logo, para assegurar ao homem a felicidade (PANDOVANI & CASTAGNOLA, p.147).


Um dos aspectos centrais do estoicismo como já foi elencado por Padovani é que a escola estóica possuía a moral como centro de suas especulações, partindo deste princípio a filosofia para os estóicos deveria partir da especulação moral, para atingir a virtude e a felicidade.

1.1.3 A CRISE DO HOMEM E A POLIS

A crise do homem e a polis, a decadência foi o último perído da filosofia grega que coincide com a decadência do mundo grego depois de um grande avanço político, econômico e cultural. Em tese a filosofia deste período não tem a luz e o brilho dos tempos de ouro da filosofia na Grécia. Não existe novas propostas. A crise moral se alastrou no mundo grego, a corrupção, a falta de fé nos deuses , hérois e na política.
Os sistemas de pensamento são os míticos-filosóficos, cheio de sincretismo religioso de todas as partes do mundo em que o avanço de Alexandre, o Grande alcançou, esta crise estrutural aconteceu também nos dois últimos séculos do Império Romano antes do nascimento do cristianismo. Sem as fronteiras regionais do mundo antigo com helenismo e o modus vivendi da cultura grega imposta pela força através do mundo que conquistou com as guerras. Com as conquistas de Alexandre Magno (séculos III e II a.C). O estoicismo que era pregado nas portas da cidade era extremanente individualista, os estoicos perdendo a fé em seus deuses e na polis, se voltam para seu mundo interior, sobre si mesmo.
A razão deve esta acima de todas as coisas e isso deve trazer a igualdade para toda a humanidade. Pois a polis esta corrompida, destruída pelos interesses mesquinhos de homens inescrupulosos, e só desta maneira com a razão o homem deve superar as identidades culturais e raciais da polis destruída.
O cidadão sem pátria, sem família, sem obrigações quem se levanta é o cidadão universal, através de suas atitudes busca sua completa autonomia individual autarquica praticando as virtudes éticas e morais para atingir a plena sabedoria.
Através da exclusão dos desejos e vontades negativas relacionadas a carne como paixão, engano e confusão, o estóico, que para ser um sábio de verdade tinha que cultivar a prática da dimensão racional vivendo em virtude, dominando estas vontades humanas e convivendo em sua natureza interior, isto é um completo domínio das paixões que conduzia o estóico a ataraxia que é a comtemplação interior.
Um subjetivismo moral, um refúgio e o individualismo era caratéristica de um estóico em um mundo grego dominado pelo erro e a corrupção moral.
O estóico é universalista pois exigi dele mesmo o uso da razão, é todo homem pensante e o sábio que vai ser diferente do outro homem que não usa a razão como ferramenta de elementos da virtude e sim para atingir seus desejos e paixões humanas.
Um estóico não teme a morte, mas agradece quando a morte chegar pois admite a presença da morte como uma virtude. E um prazer morrer, receber o seu destino com honra. Um estóico não teme nada, vive para si mesmo. A moral e o universalismo dos estóicos, o cristiansimo vai adquirir e incorporar dentro de sua estrutura doutrinária.
No antigo testamento (Sabedorias, 3:1-5), sob a influência grega, surge pela primeira vez na Bíblia a palavra imortalidade:

1.As almas dos justos, ao contrário, estão nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2. Aos olhos dos insensatos, aqueles pareciam ter morrido, e o seu fim foi considerado como desgraça. 3.Os insensatos pensavam que a partida do justo do nosso meio era um aniquilamento, mas agora estão na paz. 4. As pessoas pensavam que os justos estavam cumprindo pena, mas esperavam a imortalidade. 5. Porque uma breve pena receberão grandes benefícios, porque Deus provou e os encontrou dignos dele (BÍBLIA SAGRADA, 1990).
As transformações ocorridas neste período foi de suma importância, para uma nova visão e interpretação do mundo, mais universalista e etnocêntrica que causou grandes transformações e crises. Neste mesmo período observamos a decadência desda civilização. Os romanos vão seguir tendo como base o império helênico e o grande causador da perca da autonomia das cidades gregas foi Alexandre, o Grande que foram forçadas a pagar impostos pesados e todas as forças militares (exércitos) e as funções administrativas são tolidas sendo subordinada aos grupos ligados ao imperador e conquistador.
Para resolver o problema das crises políticas, com uma democracia corrompida pela tirania, uma pólis destruída pela força e aliançadas com grupos políticos e economicos do Oriente helenizado através do intercâmbio comercial. Todos estes fatores vão levar a civilização grega a um retorno ao misticismo, vai criar um sentimento de pessimismo, justificação, resistência e negação de toda a realidade em que esta envolvido, isto sempre acontece em época de crise, o homem naturalmente volta-se para as religiões pois não encontram na esfera humana mais esperança alguma.
Por este motivo e nesse ambiente de pessimismo e falta de esperança surgiu vários movimentos e idéias, seitas morais nas diversas cidades gregas (século II a.C). O celeiro das idéias e escolas nascem nesse período grego, uma fase de ouro da filosofia.
As três correntes e seitas que foram criadas neste período foi o cetismo, o epicurismo e o estoicismo além de muitas outras escolas filosóficas.
A polis grega perde todo seu valor e percebe o seu fim e o cidadão grego descrente volta-se para sua subjetividade ou seja não procura mais a defesa da polis mais de si-mesmo para seu próprio interior.
Eis a melhor definição sobre polis grega:

A Cidade- estado da atual Atenas foi o principal exemplo no período que vai das reformas por Clístenes (séc. VI a.C) até a conquista da Grécia por Felipe da Macedônia. A polis se constituía como uma unidade política e territorial, sobretudo através do vínculo que seus cidadãos mantinham com ela por lealdade, identidade cultural e origem. É na polis que se dá a experiência da democracia, caracterizada pela igualdade dos cidadãos perante a lei e pela participação destes na decisão política. Aristóteles, na constituição de Atenas, examina essa forma de organização política, que teve grande influência na tradição ocidental, sendo retomada depois como modelo pelas cidades-Estado italianas no período do renascimento (Séc. XV) (JAPIASSÚ & MARCONDES, 2006, p.221).

Tudo isto é por causa da imposição do império de Alexandre, o Grande. A perca na polis de suas liberdades políticas e sem fé nos deuses, mitologias em seus heróis, o povo descrente diante das injustiças cometidas na polis, do bem, da política e da própria filosofia o homem grego busca na natureza respostas na contemplação interior berço do estoicismo.
Baseado na busca do príncipio da natureza ( physis) o homem vai se refugiar no místicismo em um conceito de indivíduo para lhe proporcionar a felicidade que compensa a perca política em um todo. O despojamento individual e a completa autonomia para se tornar auto-suficiente que é o ideal da autarquia, assim tornar-se o homem grego. O homem grego neste contexto não que ser ligado a nada, família, sociedade, polis e religião. É um ser livre em sua subjetividade não quer ser mais um cidadão grego de uma determinada polis. O ideal do sábio esta inserido como um homem universal, cidadão do mundo sem o estigma do nacionalismo. O homem grego vai procurar sua libertação, a saída da polis decadente e se esconder em seu mundo moral e ético no mundo das idéias, onde nada pode interferir no seu raciocínio e em suas ações.
Todos os seres humanos podem ser sábios a partir do momento que exercitarem as virtudes com dedicação total, vivendo de acordo com a impertubabilidade e a razão o homem tornar-se um sábio. Para um verdadeiro sábio estóico o caminho que deve traçar é duro e estreito, em virtude da separação e desapego, abandonando a família, condição social, raça, pátria, a busca da sabedoria é viver dentro de uma reta razão. Viver no cosmos, em harmônia e ser portador da razão em perfeita comunhão com os outros seres humanos em virtude e perfeição.
No episódio de Diógenes Laércio que satiriza o homem honesto e verdadeiro na lenda popular deste mito, o filósofo anda com uma vela na mão de dia procurando na cidade um “homem” que a ele é atribuído tais qualidades, com esta crítica Diógenes demostra a decadência do ideal grego de homem, seja legislador, atleta ou guerreiro.
Todo esse cenário de crise nas polis e na cultura grega se deu pela mistura de várias culturas, além da tirania e imposição do dominante sobre o dominado, sincretismo, imposição cultural, brigas internas de grupos, resistência popular, falta de respeito, crise moral e ética em todos os aspectos. Idéias contruídas por contradições econômicas por este motivo a queda do mundo grego neste contexto esta baseado em fatos reais que obedece um críterio baseado em um método correto seguindo uma ortodoxia de que as grandes civilizações não são eternas, são passiveis de queda e declínio, nenhum Império dura para sempre.
Sobre o final da proeminência grega Mannion escreve:
As morte de Aristóteles e Alexandre, o Grande, coicindiram com o ínicio da decadência da proeminência grega nas questões de mundo. Alexandre, o Grande, um governante macedônio e ex-aluno de Aristóteles, conquistou a maior parte do mundo antes de sua morte prematura. Enquanto os invasores dominavam o mundo grego, sua cultura e tradição filosófica sobreviveram, uma cortesia da educação de Alexandre e um aprofundamento dos clássicos gregos. Depois da morte de Alexandre, o caos político e as pragas debilitaram essa civilização que já houvera sido próspera. Quando a poeira assentou, o Império Romano passou a ser o poder predominante no Mediterrrâneo. Embora os gregos estivessem reduzidos a cidadãos de segunda classe no vilarejo global, a filosofia, a mitologia e a cultura grega ainda influenciavam o mundo romano. Os deuses romanos são simplesmente os deuses gregos com novos nomes (MANNION, 2004, p.44).


O período greco-romano chegava ao fim de seu poder e apogeu diante do mundo. O livre pensar herdado do estoicismo estava em todas as esferas do Império, pois jamais houve um florescimento do conhecimento tão extraordinário. Tudo foi analisado, estudado, em todas as esferas do saber, foi o grande salto da humanidade.
Ninguém queria mais aceitar explicações simples para as coisas e todas o saberes era discutido exaustivamente até a conclusão. As conclusões podiam ser diferentes, mais a coisa mais importante foi o método de raciocínio que o mundo grego desenvolveu, isto é um fato, eles foram capazes de sintetizar todo o conhecimento da humanidade em um só o helenismo, um mérito do povo da Grécia.
Sobre a contribuição dos gregos para mundo ocidental, o papa João Paulo II explica:

Os Atos dos apostólos testemunham que o anúncio cristão se encontrou, desde os seus primórdios, com as correntes filosóficas do tempo. Lá se refere a discusão que São Paulo teve com “alguns filósofos epicuristas e estóicos” (17,18). A análise exgética do discurso no Areópago evidenciou repetidas alusões a idéias populares, predominantemente de origem estóica. Certamente isso não se deu por acaso; os primeiros cristãos, para se fazerem compreender pelos pagãos, não podiam citar apenas ‘ Moisés e os profetas” nos seus discursos, mas tinham de servir-se também do conhecimento natural de Deus e da voz da consciência moral de cada homem (1998, p.51).


A tendência natural dos filósofos pré-socráticos foi procurar os princípios universais para explicar a natureza. Isso foi um grande avanço em relação à mera aceitação mítico-religiosa.
Sócrates focalizou o homem, tentando descobrir como viver bem, distinguir entre certo e errado, bem e mal. Sócrates foi bem claro “a vida não analisada não merece ser vivida”. Com seu método dialético de extrair a verdade conseguiu deixar para as futuras gerações seu legado de conhecimento.
No período decadente na Grécia foi estabelecida uma síntese que veio se tornar uma bandeira que seria usada como síntese cristã: o universalismo e a interioridade. O uso da língua grega foi um outro fator que veio difundir o espírito universalista. Com o cristianismo esta síntese iria ser a base da nova religião, espírito universalista e uma religião universal, ou seja, católica atingindo todas as nações do mundo.

CAPÍTULO II
A ORIGEM E CARACTERÍSTICA DO CRISTIANISMO

Um acontecimento que, na época, a filosofia não registrou, mas teve consequências bastante séria foi o advento do cristianismo. Um carpinteiro Chamado José, uma virgem, chamada Maria e um menino chamado Jesus. Foram os personagens principais deste movimento que mudaria a história do Império Romano e da humanidade para sempre.
O cristianismo tem como base o antigo testamento escrito em aramaico e hebraico e Grego e o novo testamento escrito em grego.
O cristianismo foi estabelecido com os apóstolos seguidores de Jesus em vida. O movimento de Jesus surgiu depois de sua morte no início pelas mulheres Maria e outras mulheres animando os apóstolos e em seguida reassumido pelos apóstolos em Jerusalém.

Jesus viveu na Palestina, pequena faixa de terra com área de 20 mil Km², com 240 Km de comprimento a máximo de 85 Km de largura. Corresponderia aproximadamente à área do Estado de Sergipe. Do lado oeste, temos o mar Mediterrâneo. A leste, o rio Jordão (BÍBLIA SAGRADA, 1990, p.1232).


Toda a construção simbólica de Jesus é construída pelo mito de Moisés o libertador. No período que o cristianismo surgiu havia outros cultos a várias divindades. Poderia esta fadada ao fracasso, com os pescadores judeus que continuavam o movimento de Jesus.

Jesus nasceu viveu e morreu dentro do contexto histórico de séc. I. Quando lemos o texto dos Evangelhos, devemos estar atentos para avaliar corretamente a sua atividade dentro da formação social econômica, política e religiosa do seu tempo. Só assim a palavra e a ação de Jesus adquirem o relevo concreto para que nós as entendamos melhor e possamos transpor toda a significação que há na pessoa de Jesus para os nossos dias. Não se trata de reduzir toda a mensagem de Jesus ao nível sociopolítico. Mas nem de cair no oposto, reduzindo a mensagem de Jesus ao nível individual e intimista (BÍBLIA SAGRADA, 1990, p.1237).


Foi o Apóstolo São Paulo quem salvou o cristianismo da morte ou de ser apenas mais uma seita judaica. Ele mesclou a filosofia grega e produziu a maior arma ideológica do mundo na atualidade, uma fórmula vencedora. O cristianismo e a filosofia teriam relação íntima a mais de 1.000.
O cristianismo herdou do judaísmo sua crença em Deus. Parece bem provável que no início, os judeus considerassem Deus (ou Javé) como seu próprio Deus, o Deus de sua tribo, em oposição aos outros deuses que se aliavam a outras tribos e nações. Depois passaram a pensar em um Deus mais forte do que os outros deuses. E começaram a ver Javé como um único Deus. O “Eu Sou aquele que sou” é um Deus único, isto é uma alusão ao monoteísmo.
Esta é a definição para o nome de Deus na experiência de Moisés:

11. Então Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para ir até o Faraó e tirar os filhos de Israel lá do Egito?” 12. Deus respondeu: “Eu estou com você, e este sinal de que eu envio: quando você tirar povo do Egito, vocês vão servir a Deus nesta montanha”. 13. Moisés replicou a Deus: “Quando eu me dirigir aos filhos de Israel, eu direi: “O Deus dos antepassados de vocês me enviou até vocês”; e se eles me perguntarem: “Qual é o nome dele? “O que é que vou responder? 14. Deus disse a Moisés: “Eu Sou aquele que sou”. E continuou: “Você falará assim aos filhos de Israel: “O Eu sou me enviou até vocês” (BÍBLIA SAGRADA, 1990, p.72).


Este modelo de fé em Deus levou ao cristianismo muitas outras crenças a respeito de Deus. Segundo o livro de Gênesis, Deus criou o universo, incluindo toda a humanidade. E apesar de sua posição elevada, Deus tinha muito interesse pelos seres humanos, um modelo do Deus Zeus grego que ama o ser humano incondicionalmente. No livro de João (3,16) está explícita essa relação de amor: “Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna”.
Essa construção história de um Deus para um povo eleito no caso de Israel de um libertador é muito antiga tem aproxidamente 7.000 anos. Dela saiu a Lei de Moisés que era a resposta de Deus para seu povo que deveria seguir de coração e alma a Torá que são os dez mandamentos.
O cristianismo herdou não apenas o monoteísmo judaico, como também ambos os conceitos. Para os cristãos, a noção de um Deus salvador serviu para reforçar outra idéia: a de que o Criador salvará seu povo por intermédio de Cristo, e não por meio do Êxodo da Lei de Moisés a Torá.
O mar vermelho foi pré-figurado como o batismo do cristão pela água que é o rito de passagem que se inicia na religião cristã.
No começo do cristianismo a interpretação sobre a Lei não era vinculada, pois Jesus aboliu a Lei, Ele é o Salvador. O apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos (9-11) mostra esta relação entre liberdade e Lei moral. “Quando os filhos dela ainda não haviam nascido e nada tinham feito de bem ou de mal – Isso para que ficasse confirmada a liberdade da escolha de Deus”, este tema é tratado com muito cuidado e a ênfase do apóstolo era na moralidade, daí importância de uma vida justa, digna como retribuição à bondade de Deus; para esses cristãos a noção da moralidade em si era um legado de divino.
Por este motivo a necessidade de construir uma teologia sistemática baseada na fé do deserto em Javé, libertação do povo eleito e a vinda do messias, como levar para o mundo grego a mensagem de Jesus, filho de um carpinteiro. O apóstolo Paulo foi o responsável por essa façanha quase impossível, em Roma Paulo usou os elementos da fé em Jesus e conceitos estóicos, já difundidos pelo Império Romano. Começa então o paulinismo, ou seja, cristianismo paulino que durou (Europa) e nos dias atuais dura nos países em desenvolvimento.

2.1. A INFLUÊNCIA DIRETA DO ESTOICISMO NO CRISTIANISMO

A herança grega e o deus espiritual na visão dos primeiros cristãos que foram influenciados pelas escolas de pensamento do mundo antigo que questionavam sobre Deus bem antes do surgimento do cristianismo.
Uma delas foi o Platonismo, inspirado nos escritos de Platão, filósofo do século IV a.C, seus estudos era sobre o divino os seguidores do platonismo em geral tinham a mesma visão que um Deus criou todas as coisas e era responsável pela existência da natureza do mundo.
Para Platão Deus poderia ser encontrado pela mente, através do intelecto, existia o mundo real das idéias e o mundo material que é uma ilusão. Deus fazia parte do mundo intelectual.
Outra escola de pensamento que veio influenciar o cristianismo foi o estoicismo que dava uma visão alternativa. Os estóicos eram materialistas, ou seja, não acreditavam na existência de coisa alguma que não fosse física e material.
Porém, criam em Deus – apenas achavam que ele também era material, ainda que feito de algum tipo de material leve e tênue, como fogo.
No livro judaico da sabedoria está explícita a influência direta da filosofia grega e do estoicismo ao descrever a sabedoria divina como um agente quase independente do próprio Deus, assim como os estóicos e seguidores do platonismo também acreditavam que a razão de Deus (seu logos, em grego) poderia agir em nome dele no mundo sem que o Criador precisasse sujar as mãos. “O espírito do Senhor enche o universo, dá consistência a todas as coisas e tem conhecimento de tudo o que se diz” (Sabedoria, 1:7).
O primeiro judeu a usar a linguagem filosófica para expressar a fé foi Filo de Alexandria que viveu na mesma época de Jesus (25 a.C. – 50 d.C) Suas obras foram usadas por muitos cristãos depois dele.
Osborne em seu livro nos diz o seguinte sobre a filosofia de Filo (1992, p.35):

Filo contemporâneo de Cristo foi um judeu ortodoxo que queria mostrar como a filosofia preparava a mente para coisas mais elevadas (Deus). Basicamente, foi um platônico que transformou os universais abstrados de Platão novamente em Deus. Isto abriria um precedente. A filosofia foi ficando mais metafísica e mais interessada na estrutura da alma do que na ciência ou na política, ou mesmo na ética. Talvez a queda do Império Romano tenha levado as pessoas a se interessarem mais pela religião, mas juntar o racionalismo grego com pensamento judaico-cristão virou moda. A filosofia pura foi ficando cada vez diluída (1992, p.35).


Nos primeiros anos da igreja recém fundada em Jerusalém, ou seja, igreja primitiva testemunhou uma verdadeira ágora grega, arena de idéias em busca de um espaço para se impor. Por exemplo, alguns cristãos pareciam concordar com os estóicos que Deus era físico. A relação do cristão com a filosofia requer um discernimento radical.
No novo Testamento nas Cartas de São Paulo, aparece claramente este dado: a contraposição entre “a sabedoria do mundo” e a sabedoria de Deus revelada em Cristo.
Tertuliano, que saíra da Cartago no fim do século II para se tornar o primeiro grande pensador cristão a escrever em latim, dava indícios de que era um estóico.
Tertuliano foi diretamente influenciado pelo estoicismo, que era popular na metade ocidental do Império Romano, que tinha o latim como língua dominante.
O estoicismo com os romanos era bem visto, pois os mesmos eram pragmáticos, a cosmovisão materialista e seu sistema moral muito bem elaborado e rigoroso cuja ênfase recaía sobre a ética.
Os estóicos viam que para alcançar a felicidade o homem deveria ter uma vida virtuosa. Tertuliano era um moralista fundamentalista ao extremo e inflexível.
Os primeiros cristãos seguiam o platonismo e outras escolas do pensamento como o estoicismo, por exemplo, as doutrinas platônicas se incorporam ao cristianismo, como a imortalidade da alma e a essência não física de Deus.
E certo que a maioria dos cristãos seguia o platonismo mais Tertuliano e adepto do estoicismo como o apóstolo Paulo em suas epistólas e cartas.
O cristianismo paulino foi à base da entrada do cristianismo no mundo helênico e erudito.
O cristianismo foi uma doutrina feita por pescadores da palestina, até mesmo Papa Bento XVI agradece a São Paulo o apóstolo por ter organizado o cristianismo dentro de um modelo baseado na ética, moral, virtude e outros princípios do estoicismo:


No entanto, a situação histórico-cultural de seu tempo e ambiente também influíram em suas opções e compromisso. Em particular, o Papa mencionou como Paulo acolheu os valores positivos da filosofia estóica, que ainda que de maneira marginal, influiu no cristianismo das origens. Tudo o que há de verdadeiro, de nobre, de justo, de puro, de amável, de honrável, tudo o que for virtude e coisa digna de elogio, tudo isso levai-o em conta, diz o apóstolo em Filipenses (4, 8). Um filósofo como Sêneca, superando todo ritualismo exterior, ensinava que Deus está perto de ti, está contigo, está dentro de ti (Cartas a Lucilio, 41, 1), recordou Bento XVI. Do mesmo modo, quando Paulo se dirige a um auditório de filósofos epicuristas e estóicos no Areópago de Atenas, diz textualmente que Deus… não habita em santuários fabricados por mãos humanas…, pois nele vivemos, nos movemos e existimos (Atos dos Apóstolos 17, 24.28).. Após seu olhar sobre o ambiente cultural do século I da era cristã, o Papa concluiu constatando que não é possível compreender adequadamente São Paulo sem situá-lo no contexto tanto judeu como pagão de seu tempo. Mas tudo isso é igualmente válido para o cristianismo em geral, do qual o apóstolo Paulo é um paradigma de primeiro plano, de quem todos temos ainda tanto que aprender e este é o objetivo do Ano Paulino: aprender de São Paulo a fé, aprender dele quem é Cristo, aprender, em definitivo, o caminho para uma vida reta, concluiu (BENTO XVI, 2008).


A doutrina estóica no aspecto moral é ampla e a doutrina paulina no aspecto moral também, o cristianismo paulino teve grande influência de fato e de verdade da doutrina estóica.
O estoicismo foi uma força ideológica do cristianismo em formação, através de Sêneca. Assim, na sistematização do Cristianismo entrou várias formas do pensamento antigo, e o mundo cristão foi se amalgamando no estoicismo, no monoteísmo judaico, mitos orientais, pensamento essênio.
















CAPÍTULO III

OS PONTOS DE SEMELHENÇA ENTRE CRISTIANISMO E ESTOICISMO
Existem vários pontos de semelhança entre cristianismo e estoicismo. Segundo Cotrim, para atingir a virtude e a felicidade os pensadores da filosofia estóica assumem uma renúncia total aos prazeres e bens materiais, a chamada indiferença, pregando “um espírito de completa austeridade física e moral, baseada na resistência do homem ante os sofrimentos e males do mundo” (1986, p.131). Pois o contrário da virtude e do bem supremo seria o vício.
Observamos que a base doutrinária do cristianismo segue a mesma linha do estoicismo do desapego aos bens matérias e vida sem pecado com virtude e sem vícios que levam o homem ao erro.
Sobre o Deus não físico para os estóicos isto é inconcebível, os estóicos argumentavam que apenas um fator físico pode influenciar o mundo físico.
Por exemplo, se você deseja que uma bola de basquete se mova em direção à sexta, é necessário empurrá-la com algum instrumento físico no caso as mãos. Se Deus não fosse uma entidade física, ele não seria capaz de fazer nada e, por conseguinte, não existiria.
No cristianismo, o Cristo se transforma todos os dias na eucaristia, ele esta presente físicamente isto é estoicismo.
Existem textos bíblicos que mostram claramente que Deus é físico no Evangelho de “Deus é espírito” (João, 4,24), para Tertuliano que é materialista e estóico “espírito” é matéria, mas leve, pois a palavra grega para espírito é “fôlego” que mantém a vida no mundo. Isto é físico.
As passagens bíblicas que mostram essa realidade Colossenses (1,15), 1.Timóteo (1,17) e Lucas (24,39) na verdade os cristãos da antiguidade acreditavam que Deus era material, e físico é que possuía atributos humanos no caso do livro Gênesis “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gêneses 1:26). Portanto Deus é físico neste contexto.
No antigo testamento é bem clara esta idéia no livro de Isaías “Deus possui mãos, ouvidos e um rosto” (Isaías, 59:1-2). Em Gênesis “Deus caminha pelo jardim na viração do dia” (Gêneses, 3:8).
A noção de virtude, em conformidade com a ordem racional das coisas sugere a idéia cristã de se conformar com a vontade da divina providência.
A influência do estoicismo sobre o pensamento ocidental posterior ético e religioso atesta a sua importância de continuar.
O determinismo estóico sustentava que tudo que acontece na vida ou no mundo acontece necessariamente, tudo esta determinado por acontecimentos anteriores é o universo é racional e todo perfeito. Para os primeiros cristãos tudo esta determinado por Deus e o destino do homem segue este caminho nesta direção também. Nos dias atuais existe uma outra visão teológica o livre arbítrio.

3.1. A STOA PAULINA

Sobre a contribuição do apóstolo Paulo para mundo ocidental, o papa João Paulo II assim a define:
22. São Paulo, no primeiro capítulo da carta aos Romanos, ajuda-nos avaliar melhor quando seja incisiva a reflexão dos Livros Sapienciais. Desenvolvendo com linguagen popular uma argumentação filosófica, o Apóstolo exprime uma verdade profunda: por meio da criação, os “olhos da mente” podem chegar ao conhecimento de Deus. Efetivamente, por meio das criaturas, ele faz intuir à razão o seu “poder” e a sua “divindade”(Rm 1,20)...Em terminologia filosófica, podemos dizer que, nesse significativo texto paulino, está afirmada a capacidade metafísica do homem (JOÃO PAULO II, 1998, p.21).

Para entramos no mundo e entendermos com que fundamentos e bases os conceitos cristãos foram construídos, articulados no campo da ética.
No cristianismo o apóstolo São Paulo vai estabelecer sua doutrina baseada no campo da sexualidade na carta aos Romanos “Por isso Deus os entregou a paixões aviltantes: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza” (Rom. 1,26).
A situação da igreja em Roma era séria por boatos mais São Paulo queria saber dos problemas da igreja no campo moral.
Quanto a relações sexuais, depravação. Neste sentido observa-se no texto de São Paulo um paralelismo quando ele se refere às expressões: uso contrário e uso natural; desonra imundícia paixões infames, inflamaram; torpeza; sensualidade; sentimento depravado.
O Apóstolo Paulo vivia em uma época que a vida sexual era ativa em todos os aspectos, havia festas promovidas a deus Baco e Dionísio do vinho e do sexo. A situação moral do império era decadente. Não havia temor nem pudor, tudo era natural para os romanos a ética e a moral foram jogadas no lixo.
Apóstolo Paulo contrasta diante da estrutura posta: ira de Deus com impiedade e injustiça; conhecimento e manifestação; atributos invisíveis que são vistos claramente: glorificação correta, culto incorreto; acerto e castigo; sabedoria e loucura; mortal e imortal, homem e animal. A sexualidade e culto estão ligados e existe um problema do “incorreto”.
Sobre os termos gregos que são usados pelo apóstolo Paulo em sua composição textual, Câmara assim os define:

(dikaiosuvne) “dikaiosune” (justiça): posição justa dada por Deus; O caráter justo que pertence a Deus; a atividade justa que procede de Deus; a justiça pessoal de Deus, e a justiça que ele concede aos pescadores, declarando-os e aceitando-os como justos; (gevgraptai) “geograptai” (perfeito passivo) Caráter permanente e autoritativo daquilo que foi escrito; (ajdikivan) “adikian”: injustiça praticada contra os homens; (ajlhvqeia) “alethéia” (verdade): O conhecimento de Deus conforme comunicado à consciência humana; (paravdwken) “parendoken” (entregou): É usada aqui no sentido não habitual de entregar a alguma coisa que não e um tribunal de justiça humana. Talvez isso já fosse um julgamento (2005).


Para apóstolo Paulo o mundo é ordenado por Leis claras e deve ser seguida. No estoicismo as Leis também são claras e devem ser seguidas com honra e virtude.
Para São Paulo quando o homem segue a Lei dentro de seu coração e prática de vida a relação da troca e a retribuição pela sábia decisão pode ser boa ou ruim por decisões erradas.
No contexto onde o apóstolo Paulo está inserido que é em Roma a capital do Império que está corrompida. Os cidadãos perderam sua fé nos deuses e nos homens e ele procura ajustar os relacionamentos e a convivência humana.
Na subjetividade o homem se encontra, encontra Cristo, o Logos, reta razão para viver de maneira virtuosa uma das bandeiras do estoicismo a introspecção interior ataraxia.
O apóstolo Paulo coloca em destaque mais uma vez o conceito de physis no NT se acha nas Cartas aos Romanos (sete vezes) segundo Câmara (2005, p. 1).
A physis é um conceito tipicamente grego e, em especial, estóico. Foi adotado pelo judaísmo helenístico e, assim, também achou lugar no pensamento cristão. Por este motivo o uso linguístico estóico e marcante.
Em Filon physis, não é a origem ou poder criador, mas um agente da atividade divina. A physis ensina a divisão do tempo em dia e noite, em despertar e dormir. Dá ao homem a fala e também as relações sexuais. Há uma Lei regular na natureza.
A Lei é o Logos, Orthos, physeos (que é a verdadeira natureza) por que a lei segue a natureza, seus preceitos estão de acordo com a natureza.
As pessoas devem seguir a natureza. A Lei e ratificada pela natureza e sobre essa base única o mundo é sustentado e edificado.
O pano de fundo para explicar a physis na doutrina Paulina tem como influência as escolas filosóficas (helenísticas) que é a sustentação do paradigma da Lei moral explicada na natureza da physis, nesse sentido o Apóstolo Paulo vai fazer alusão ao uso contrário da relação sexual contrária a natureza e questões relacionadas à sexualidade.
Paulo tinha um duplo nome segundo Cothenet, o nome de Saulo soava mal para os gregos, o adjetivo saulos era aplicado àqueles que tinham um comportamento efeminado. Para o mundo o grego o nome de Paulo era mais bem apropriado.
A relação entre cultura grega e judaica por sua origem e formação o apóstolo Paulo pertence aos dois mundos culturais. Isto mostra bem claro que o ambiente onde o apóstolo Paulo era envolto pela cultura e pessoas cultas e letradas, uma época de ouro do conhecimento e da sabedoria.
Grandes encontros eram feitos para debater sobre tudo em praças públicas, templos, sinagogas. Um ambiente cheio de pessoas eruditas de todas as partes do mundo, pois ser a cidade cosmopolita.
Ele teve a capacidade de usar os dois mundos em um só o cristianismo. Segundo Schreiner & Dautzengerg, “é fundamental para compreensão da mensagem e teologia do apóstolo Paulo levar em conta sua evolução interior e, terra onde nasceu, sobretudo pela influência estóico-cínica” (1977, p.67). O judaísmo praticado em Israel e Palestina na comunidade judaica da diáspora não tinha um relacionamento negativo com os nãos judeus.

Os judeus haviam se habituado a estar com respeito aos pagãos numa relação de igualdade...manifestavam frente aos pagãos uma atitude mais favorável que a de seus irmãos na Palestina. Tampouco podiam evitar totalmente a influência da cultura e do modo de vida greco-romanos... Por outro lado, também se constitui um testemunho da influência das categorias gregas sobre o judaísmo da diáspora; nela teve-se a tendência de eliminar ou atender o que pudesse chocar as convicções de um pagão ilustrado, reduzindo-se os antropomorfismos do texto hebraico, espiritualizando a imagem de Deus que apresentam e traduzindo termos e noções especificamente semíticas em correspondentes tomados da filosofia foi a de combinar dados da revelação bíblica com os princípios da filosofia pagã (BENOIT & SIMON, 1972, p.23).


Não é errado afirmar que os conceitos da nova fé e o apóstolo Paulo como cidadão do mundo foi diretamente influenciado pela cultura helenista.
O livro de Atos apresenta essa realidade, “Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões altas e chegou a Éfeso” (Atos, 19:1). O Evangelho ameaça o sistema. “Passando por Anfípolis e Apolônia, Paulo e Silas chegaram a Tessalônica, onde os judeus tinham uma sinagoga” (Atos, 17:1).
A Lei de Deus é a Physis (pessoal e acessível) escrita na natureza e acessível a todo o homem que era o sábio. Não era só uma estratégia missionária da parte do apóstolo Paulo, mas uma vertente filosófica para expor seu pensamento que estava ligada diretamente a sua vida.
Os conceitos tratados na epístola aos Romanos não foram elaborados de última hora, frutos de uma leitura rápida modista, a literatura paulina e rebuscada e rica igual a dos filósofos não cristãos da escola estóica e cínica.
O estoicismo compreende a necessidade da ligação e reflexões sobre a natureza, a lei as formas e a relação entre elas. Os estóicos formularam um cosmos teorizado com harmonia de forças contrárias. A natureza visível determina nosso futuro, o que somos e o que agimos, a justa medida contemplada na natureza que deve ser buscada na vida pública, particular e política. De forma dogmática os estóicos vão justificar essa afirmativa ao ler e interpretar a natureza.
Sobre a natureza dirigir nossa vida, Gazolla assim define:

A natureza estóica teorizada como divina em sua eterna normatividade, em sua prevista ordenação e força constitutiva dos seres. Sem a presença das divindades míticas, ela é abstrata em sua sacralidade e ampara a universalidade do homem quanto ao uso do logos, uma vez que ele é cósmico e pertinente a todos os seres, portanto à própria natureza humana. A physis sustenta a noção de igualdade, e forma, por princípio, o modo de ser e de agir dos seres...todo homem é lógikos, pois o natural é lógikos. Todo homem pertence ao cosmo, e toda a cidade deve ser a expressão do modo de ser cósmico (1999, p.41).

A Lei divina é o núcleo fundamental do estoicismo, que pode ser uma Lei divina e natural, isto deve ser a base da conduta de todo homem é o paradigma pelo qual todos seres humanos têm seu princípio constitutivo.
Diogenes Laércio sobre o estoicismo diz o seguinte:

“...Nossa natureza é parte daquela do todo (tõu hólou), por isso o fim se diz viver acompanhando a natureza, isto é, segundo ela mesma e segundo a do todo, nada fazendo que contrarie a lei comum (hó nómos, hó koínos), isto é, a reta razão ( hó órthos logos) que circula através de todas as coisas...O justo (Tó dikaíon) é por natureza, e não por convenção, como a lei (tón nómon) e a reta razão (órthon) lógon)...O mundo é governado segundo uma inteligência (nõun) e uma providência (pronoian)...A inteligência penetra em todas as partes...O todo ordenado (tón hólon Kósmon) é um vivente animado e racional (zôon ónta Kai émpsychon kai logikón)...A lei é a rainha de todas as coisas humanas e divinas: é preciso que ela vigie as coisas belas e as torpes e seja cabeça e guia, e com base nisso exista uma norma do justo e do injusto e dos seres sociais por natureza...” (GAZOLLA, 1997, cap.II).


O estoicismo preencheu o vácuo deixado pela falta de honestidade, virtude, honra que a polis corrompida e destruída por guerras, decepções políticas e injustiça deixou. A Stoa paulina era nas praças e sinagogas, templos gregos onde ele levava a mensagem de Cristo. O Apóstolo Paulo não hesita em afirmar: “Quando me sinto fraco, então sou forte” (2 Coríntios, 12:10). Com a linguagem filosófica do seu tempo o apóstolo Paulo chega à máxima do seu discurso e doutrina e do paradoxo que quer exprimir: “Deus escolheu, no mundo aquelas coisas que nada são, para destruir as que são” (1 Coríntios 1:28).
O encontro do cristianismo com a filosofia não foi fácil mais foi se unindo alguns conceitos com a doutrina cristã e foi responsável por essa nova roupagem para o movimento de Jesus em Atos dos Apóstolos, o evangelista Lucas narra a chega de Paulo a Atenas.
Atenas é a cidade dos filósofos, cheia de estátuas que representam seus deuses. Foi nesta cidade que Paulo fez uns dos melhores discursos da sua vida para mundo grego. O apóstolo Paulo viu um altar ao “Deus desconhecido” e ali começou a pregar o evangelho de Cristo. Paulo faz alusão a Deus, “o que venerais sem conhecer, é que eu vos anuncio” (Atos 17, 22-23).
A stoa paulina se tornar uma realidade no mundo grego partindo deste discurso Paulo se tornar conhecido no mundo grego, se tornar amado e odiado pelo sistema. Mas sua missão continua até o seu fim em Roma quando será morto, decapitado por manter a tradição estóica mesclada dentro da fé em cristo.

3.2. RELAÇÃO FILOSOFIA-TEOLOGIA

Ao longo dos séculos, o homem sempre procurou a verdade suprema, e foi criada várias escolas de pensamento. Assim cada homem estabeleceu sua própria filosofia. Isto aconteceu pela imposição cultural de cada país ou tradição. As experiências pessoais também foram necessárias e o saber passado de mestre para discípulo.
Toda essa busca foi para alcançar a verdade absoluta, que é o papel da filosofia. A importância da interação da teologia com a filosofia para explicar a fé segundo o Papa João Paulo II, (1998, p. 87) assim define:

A palavra de Deus destina-se a todo homem, de qualquer época e lugar da terra; e o homem, por natureza, é filósofo. Por sua vez, a teologia, enquanto elaboração reflexiva e científica da compreensão da palavra divina à luz da fé, não pode deixar de recorrer às filosofias que vão surgindo ao longo da história, tanto para algumas das suas formas de proceder como para realizar funções mais específicas. Sem pretender indicar aos teólogos metodologias particulares – porque tal não compete ao magistério -, desejo, porém, lembrar algumas funções próprias da teologia, nas quais, por causa da própria natureza da Palavra revelada, se exige o recurso ao pensamento filosófico.


O magistério da Igreja estabelece essa relação para orientar seus teólogos para o uso de determinadas formas de pensamento diretamente ligado a tradição filosófica.
A orientação é que o teólogo possa usar os termos filosóficos para igreja crescer, refletir e para elaboração de alguma doutrina, para isso o teólogo deve conhecer profundamente os sistemas filosóficos nas terminologias e noções que lhe são comuns. A fim de chegar a interpretações corretas e coerentes. No campo da moral, por exemplo, a filosofia deu sua maior contribuição onde surgiu a teologia moral. Segundo João Paulo II, “a teologia moral deve recorrer a uma visão filosófica correta tanto da natureza humana e da sociedade, como dos princípios gerais duma decisão ética” (1998, p.91).
A tarefa de discernir é o dever de todo homem que procura o conhecimento. E a contribuição do pensamento filosófico a teologia permiti discernir de que forma correta se chega à conclusão final de uma verdade.
Nos dias atuais essa relação entre filosofia e teologia tem se tornado bem íntima e fecunda existem muitos pensadores recentes que procuram na pesquisa filosófica o melhor caminho. As melhores vantagens destes novos teólogos é o acesso ao conhecimento da filosofia e a confrontação entre fé e razão, filosofia e teologia.
Em busca da verdade o homem criou a tradição filosófico-teológica e essa tradição vai continuar até a consumação dos séculos. Pois a teologia não dá respostas para tudo e nem a filosofia, sendo que a filosofia é a mãe de todas as formas de conhecimento.
Em um período da história a filosofia se tornou escrava da teologia por ser a teologia a forma mais fraca de explicar o mundo e o cosmos.
Hoje as duas caminham juntas, esta relação entre filosofia e teologia sempre vai recorda o que chega a ser o objeto de nosso conhecimento e vida.
Uma inscrição em um templo chamado Delfos: “conhece-te a ti mesmo”. Esse é o desejo de todo homem em conhecer a si mesmo o mundo e Deus.
O homem em buscar da sabedoria descobre o infinito, a razão conduz o homem ao seu destino final que é a verdade. E o verdadeiro conhecimento segundo Salomão e alcançado pelo temor a Deus: “O temor do senhor é o princípio da sabedoria” (Provérbios, 1,7).
Para Salomão o homem inteligente é o que alcança a sabedoria: “adquire a sabedoria, adquire a inteligência” (Eclesiastes 1,14).
CONCLUSÃO

E bem clara a contribuição da filosofia no mundo Ocidental e mais forte no cristianismo paulino através do estoicismo, principalmente no comportamento ético e moral e na teologia.
O Papa João Paulo II vê esta importância e o valor que a filosofia deu para compreensão da fé da seguinte maneira:

Se detivermos o nosso olhar sobre a história do pensamento, sobretudo no Ocidente, é fácil constatar a riqueza que sobreveio, para o progresso da humanidade, do encontro da filosofia com a teologia e do intercâmbio das suas respectivas conquistas (1998, p.87).

O espelho onde se reflete a cultura de um povo é a filosofia e o apóstolo Paulo usou esse reflexo filosófico para explicar a fé em Cristo.
O mundo grego era o terreno que não era partilhado à fé em Jesus. Paulo como filósofo cristão-estóico teve que estabelecer com a filosofia um diálogo franco para levar o cristianismo dentro de uma visão ética.
A ordem da natureza nós mostra uma realidade que deve ser seguida por Leis eternas e o ser humano deve agir conforme a própria natureza.
E a lei da moralidade deve operar nos corações de todos os homens esta era a bandeira levantada por Paulo em Roma. No primeiro século do cristianismo era esse o pano de fundo para o entendimento da moral em Roma segundo Paul Veyne.
Esta é a principal e maior influência do estoicismo para o cristianismo, visão ética cristã. Esta Lei da natureza deve conduzir toda a comunidade e não apenas uma liberdade individual. Isto é um ideal de perfeição.
O homem deve em sua vida buscar a perfeição em seu modo de vida. O corpo neste contexto se tornar o inimigo um do cristão, pois é o corpo que conduz o homem ao erro. A relação com o corpo volta de novo dentro do contexto cristão do primeiro século.
Para Veyne que responde a indagação sobre o corpo:

Em vez de nos perguntar por que o corpo humano foi considerado com tal inquietação no decorrer da antiguidade tardia, façamos a pergunta inversa: porque o corpo foi escolhido e apresentado como o lugar recôndito de motivações especificamente sexuais e como centro de estruturas sociais que são apresentadas em termos sexuais, quer dizer, como sendo formado sobretudo de uma energia fatal e especificamente sexual, orientada para o casamento e gestação? A partir daí podemos nos perguntar por que se admitiu que essa constelação particular de percepções do corpo pesasse tanto sobre os primeiros círculos cristãos. É a intensidade e a particularidade da “carga” de significado que contan, e não o fato indubitável que esse significado frequentemente se exprime em termos tão negativos (1993, p.23).


A maior carga simbólica da nova fé está relacionada à sexualidade. Pois para o cristianismo o homem deve servir de todo coração a Deus, sem está limitado a nada de ordem material, ou seja, as relações sexuais, por isso o cristão deve ter controle sobre suas emoções. Seu comportamento na vida sexual deve ser baseado na entrega total a Deus, no sentido religioso.
O papel da filosofia e vencer os preconceitos e construir uma formar aberta de relação com a teologia.
O pensamento cristão é essencialmente mitológico por este motivo é necessário descortinar os mitos que conduzem os homens a ignorância e fanatismos diversos e a filosofia teve esse papel de reconstruir esses conceitos. E o cristianismo se identificou com escola estóica que acreditava na virtude, ética e moral que é base de sua doutrina.
E do mesmo modo algumas posições teológicas se encontram com os conceitos filosóficos.
E por outro lado a teologia tem a tarefa de exorcizar alguns dos conceitos filosóficos que afastam os homens da moral, ética, virtude e de Deus.
E por fim continuar procurando a resposta para as grandes perguntas da vida: Quem sou eu? De onde venho e para onde vou? Por que existe o mal? O que é que existirá depois desta vida? Todas essas perguntas aos longos dos milênios que existe o ser humano ainda não foram respondidas.
Por este motivo a máxima de Sócrates e bem atual: “Sei que nada sei” e a melhor forma de conhecimento.







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