domingo, 19 de dezembro de 2010

A religião segundo Durkheim

Crença e ação estão entrelaçadas. A moralidade não é exclusividade da religião. A sociedade na teoria durkheimiana. É vista como ponto fundamental. E essa moralidade de que ele fala está ligada a questão de que o indivíduo sozinho não necessita de uma moralidade, no entanto há uma moral coletiva onde o indivíduo deva se submeter não importando sua individualidade.
A sociedade sente a necessidade de entidades regulamentadoras que funcionam como geradoras da moral.
A ciência não tem como cumprir esse papel com regularidade, ao contrário da religião que pode ofertar tal moral no cotidiano. Com relação a ciência , a religião perde atribuição de origem, mas permanece como postulante e depositaria de afetos, que segundo Durkheim são importantes instrumentos de impedimento de vários conflitos sociais.
Sua preocupação no que diz respeito a religião, está na importância da regularidade da sociedade. Se a religião possibilita uma reflexão do homem para além de si mesmo, seu principal valor está em conferir regularidade a sociedade, sem a qual a existência social está determinada a um fim. Existir, para Durkheim, é existir socialmente e, portanto, sob uma ordenação determinada. Os indivíduos buscam afetivamente na religião a sensação de sair de si, através do coletivo, através do contato com algo que é mais importante do que a si próprio. Essa experiência reaviva a vida em conjunto numa esfera de igualdade onde acreditam que a vida social é possível.
Durkheim acredita que a religião e sua função são um dos mecanismos capazes de garantirem o afastamento do cós e da desagregação social. Se a ciência é sacralizada por seu potencial de qualificação da sociedade isso não significa a negação da religião como instancia de regulação.
Segundo Durkhein as concepções religiosas têm por objetivo, antes de mais, explicar e exprimir não o que as coisas tem de extraordinário, mas ordinário.
A religião corresponde a estruturas profundas. Apesar de contrárias em vários postos, o que existe de comum é a valorização das regras, segundo o qual a religião é construída tendo um caráter sistêmico. A religião tem autonomia no que se refere a sociedade. A religião é um sistema, pois a realidade que não são em absoluto históricas, pois estão presentes no sistema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DURKHEIM, ÉMLE e MAUSS, Marcel. Algumas Formas Primitivas de Classificação. In: Rodrigues, J.A. Durkheim/Sociologia. São Paulo: ática,1978.
DURKHEIM, Emile. As Formas Elementares da Vida Religiosa: o sistemas totênico. São Paulo, Paulinas, 1989.
E-REFERÊNCIAS
<> (visitado em 01/05/2009)

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